Comunicação não violenta: Como falar de forma eficaz

 

Procura entender sobre como como construir uma comunicação e um relacionamento saudável? Então você está no lugar certo!

 

Você já parou para pensar quantos dos problemas em sua vida poderiam ter sido evitados com um boa conversa?

Aposto que muitos!

Porque se pararmos para analisar, definitivamente, mais de 90% dos problemas ocorridos em todo o mundo são por falta de uma boa comunicação, principalmente uma comunicação não violenta.

E como resultado podemos ter pontos de vista diferentes, palavras mal interpretadas e pessoas que não conseguem colocar a relação a frente de suas próprias necessidades.

Dessa forma utilizar uma linguagem que construa pontes e não barreiras é essencial para viver bem com a pessoa que você escolheu, bem como ter sucesso em qualquer tipo de relação.

De acordo com o criador da comunicação não violenta, Marshall Rosenberg, a conversa precisa ocorrer de forma clara e respeitando sempre o que é importante para o outro.

Sendo assim, além de te ajudar a resolver conflitos, descobrir as motivações de cada pessoa e melhorar seus diálogos, a comunicação não violenta te permite se colocar no lugar da outra pessoa, bem como promover conexões genuínas e ainda mais importante relações saudáveis.

desenho de dois rostos se fundindo

“O mundo seria um lugar melhor se as pessoas se perguntassem com mais frequência: E se fosse comigo?” Anônimo

A comunicação não violenta se baseia-se em quatro ingredientes:

1. Observação

Antes de tudo você precisa saber que este é um dos passos mais importantes da comunicação não violenta. Posto que ela consiste em observar o que é visto e ouvido sem comentários, o que é muito difícil para a maioria das pessoas.

Então, é somente com a simples observação dos fatos que será possível construir uma escuta livre de criticas e uma conversa que te aproxime das pessoas que são importantes para você.

Nesse sentido, julgamentos como preguiçoso, egoísta, bagunceiro, são verdadeiras barreiras na comunicação, e as chances de que o outro lado se feche para você e sua mensagem são altas.

Portanto, substitua as interpretações e avaliações pelas observações. Por exemplo:

Interpretações e comentários

Observações

Você é preguiçoso

Faz dois dias que você não envia o relatório

Você está sempre indisponível

Te liguei duas vezes, mas você não atendeu

Você é bagunceiro

Sua mesa está bagunçada

Do mesmo modo, busque se livrar dos rótulos, ironias, ofensas, xingamentos, ameaças verbais e físicas, gritos, grosserias e indiferenças para não prejudicar suas relações.

2. Sentimentos

O segundo passo proposto pela comunicação não violenta, é expressar o que você está sentindo, e por dois motivos talvez seja o passo mais difícil para algumas pessoas.

Em primeiro lugar tem o fato de que é raro as pessoas terem consciência da forma como estão se sentindo.

Por exemplo, é bem capaz de você já ter visto uma cena onde uma pessoa pede para que a outra fique calma e logo a resposta vem em forma de grito: “Mas eu tô calmo”.

“Mas eu tô calmo.”

Inegavelmente, o segundo motivo é uma cultura onde as pessoas evitam demonstrar suas emoções com medo que elas sejam vistas como sinal de vulnerabilidade.

Por isso é importante dizer que a vulnerabilidade está mais relacionada a compartilhar com as pessoas como você se sente, do que com demonstrar fraqueza.

 Como diz a escritora Brene Brown “Vulnerabilidade soa como verdade e se sente como coragem. Verdade e coragem nem sempre são confortáveis, mas elas nunca são fraquezas.”

E ao falar o que você está sentindo, certamente, isso permitirá que os outros se abram e façam o mesmo, ao falarem o que estão pensando e sentindo.

Deste modo, a vulnerabilidade passa a ser vista como autenticidade e confiança, o que eleva a satisfação das pessoas, facilita o entendimento e o diálogo, e torna o ambiente seguro para uma comunicação saudável.

Ao mesmo tempo, outro ponto importante deste passo é aceitar a responsabilidade por suas emoções.

Ou seja, o outro pode até ser responsável pelo que te fez, por outro lado, você será o responsável pela forma como se sentiu.

Ao contrário do que algumas pessoas possam pensar quando digo que o outro pode até ser responsável pelo que te fez, mas não por como você se sentiu não é com a intenção de livrar o outro de qualquer ação ruim, mas para que você tome consciência de que você é o dono da sua vida e não fique dependente das ações dos outros para se sentir bem ou mal.

Perceba a diferença!

Colocando a culpa no outro pela maneira que me sinto

Assumindo a responsabilidade por meus sentimentos
Você me desapontou.

Fiquei desapontado quando você não compareceu a reunião.

Fiquei realmente irritado por eles terem cancelado o contrato.

Quando eles cancelaram o contrato, fiquei realmente irritado.

Porque ao assumir a responsabilidade pelo que você sente, você torna mais fácil para os outros te entenderem, o que aumenta as chances deles reagirem de uma forma calma e buscarem o melhor resultado para os dois.

Eventualmente, algumas pessoas costumam confundir pensamentos com sentimentos.

No entanto, sentimentos são o que você sente emocionalmente, geralmente eles são uma palavra como tristeza, raiva, ansiedade.

Deste modo, é provável que alguns dos sentimento abaixo descreva como você se sente quando o que é importante para você não está sendo atendido:

Furioso, abandonado, confuso, enciumado, magoado, aflito, culpado, impaciente, pessimista, agitado, deprimido, desconfiado, inseguro, rejeitado, ansioso

Por outro lado os pensamentos são ideias que você tem, ou seja aqui que passa em sua cabeça, como por exemplo: Ele só faz isso porque não gosta de mim e ela não me entende.

 3. Necessidades

De certo, por trás de todo sentimento existe uma necessidade que precisa ser atendida. Seja ela física, espiritual, de aceitação, apreço, amor, felicidade ou segurança.

Em contrapartida, quando estas necessidades não são atendidas causam raiva, tristeza, ansiedade e outros sentimentos ruins.

Então, na tentativa de preencher estas necessidades, estratégias erradas e que prejudicam a relação, como o autoritarismo, jogos emocionais e até mesmo violência, são utilizadas.

Mas vejamos alguns exemplos de necessidades:

Observação

Necessidades

Fiquei desapontado quando você não compareceu a reunião, porque eu esperava uma maior consideração.

Ser considerado

Quando eles cancelaram o contrato, fiquei irritado, porque eu precisava de dinheiro para pagar as contas da empresa.

Dinheiro

As necessidades podem ser as mais diversas, como por exemplo, de objetivos e valores, escolher seus próprios sonhos, ser valorizada, amada, considerada, respeitada, se divertir, água, alimento, bem como descanso e expressão sexual.

Identificar a necessidade auxilia a descobrir o que causou o sentimento negativo e fazer pedidos de acordo com o real objetivo ou buscar novas formas para supri-las.

4. Pedidos


Logo depois de identificar uma necessidade, saber como deve ser feito o pedido para supri-la é fundamental. Dessa forma é importante que você saiba que pedido é diferente de exigência.

Enquanto a exigência pode ser feita através da indiferença, humilhação, punição e não escuta.

O problema é que além de criar um clima ruim, gerar estresse, angústia e aumentar as chances de discussões, como resultado as exigências, quase sempre, prejudicam as relações.

Por outro lado, o pedido é feito de forma gentil, flexível e clara, mostrando o que se quer e respeitando os interesses e necessidades do outro.

De tal forma que na hora do pedido você use palavras como: Por favor, obrigado e eu te agradeço.

Sendo assim, algumas outras formas de fazer pedidos são:
  • Por favor, retorne às 14 horas do horário do almoço.
  • Quero que você diminua o tom de voz ao falar comigo.
  • Quero que você trabalhe até às 18:30.
  • Você pode falar o que você entendeu?
  • Por favor, bata na porta antes de entrar no meu escritório.
  • Quero que você me diga como se sente a respeito da reunião de ontem.
  • Eu estou querendo saber se você deseja a fazer a entrega na próxima semana?

De certo,  a comunicação não violenta é a linguagem natural das pessoas, só que a sociedade e os estresses do dia a dia deixaram a comunicação um pouco mais pesada.

O que pode deixar um pouco difícil usar a comunicação não violenta, mas, com prática, paciência e dedicação suas relações serão muito mais saudáveis.

Agora o que você precisa fazer é seguir estes passos consciente da forma como você se comunica com as outras pessoas.

Além disso, se desejar ter alguém ao seu lado para te ajudar na construção de relações mais saudáveis clique no botão abaixo e agende uma consulta.


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